
Esta semana trocou de série na
academia, para quem não sabe, eles mudam os exercícios que você se acostumou a
fazer para outros que mexem com outros músculos, o que fez tudo doer mais
ainda. Aí, você está lá, se perguntando: o que é que estou fazendo aqui?
Mas essa galera das peladas é tão
simpática e acolhedora que a gente fica motivado. Faz parte do processo iniciado
desde 2018 de me afastar de gente chata que te bota para baixo e me aproximar
de pessoas que tem uma vibe positiva. Levei isso tão a sério que parei de
cobrar dois maus caráteres que me deviam muito dinheiro só pela compensação de
não ter mais o contato com eles. Valeu cada centavo!
Claro, a balança só descendo o peso mostrando
que você está emagrecendo também empolga. Hoje fui na Faculdade de comunicação,
fazia umas três semanas que eu não ia e quando entrei no elevador e olhei para
o espelho fiquei perplexo com a ausência daquele barrigão da grávida. Entraram
umas meninas no elevador entre o 1º e 3º andar e eu nem precisei encolher a
barriga para não passar vergonha.
Hoje, aliás, foi um dia engraçado.
Para um projeto que estou fazendo no canal, consegui um apoio cultural do
Barbeiro Moicano, da barbearia Poderoso Chefão no Santa Cruz Shopping, que fez
uma mudança radical no meu visual. Vou precisar disso para a gravação do
próximo domingo. Pedi uma coisa estilo Diego do Flamengo, mas me sugeriram Gabigol.
Para dar um toque mais cinematográfico ainda, o Moicano ainda pintou meu cabelo
de verde. Me senti o Coringa do Joaquim Fênix... Então, lá fui eu, jogar
futebol de cabelo verde e barba de Gabigol...
Eu já estou podendo correr e
acompanhar todo mundo, já tenho fôlego para isso. O problema é que eu esqueço
disso toda hora e fico lá me poupando, economizando energias, coisa que não
preciso mais. É difícil lembrar que você tem fôlego agora. Mas eu aprendo.
Paciência... Preciso ter paciência... Uma hora as coisas vão entrar nos
eixos...
Perdi um monte de gol. Um deles foi no
estilo inacreditável futebol clube com o gol vazio e eu chutando por cima. Eu
contei pelo menos uns cinco gols feitos por pessoas que supostamente eu deveria
estar marcando, mas não marquei. Culpa dessa ilusão de que eu ainda não consigo
correr junto. Como falei na outra crônica, preciso aprender a mudar a realidade
de dentro para fora. Paciência... Paciência... Paciência...
Ainda falta confiança, ainda falta
agilidade e sobra ansiedade. Mas tenho que ter paciência. A convergência entre a
zona de conforto em que eu me encontrava e lugar aonde eu quero chegar é complicada,
é gradual. A academia mexe com seu corpo, a perna inicialmente endurece e só
depois a gente consegue unir a resistência com a tal habilidade.
Mas teve gol do Clintogol sim. Consegui
receber uma bola na entrada da área, fingir que ia chutar de esquerda para
depois driblar o goleiro e fazer um belo gol. Nunca tinha feio um gol de cabelo
verde na vida. Minha singela homenagem ao Coringa e ao Joaquim Fênix.
Saldo de 2019:
35 jogos
26 gols
35 jogos
26 gols
Clinton Davisson é jornalista, mestre
em comunicação, pesquisador, roteirista e escritor. Autor da série de livros
Hegemonia e Fáfia – A Copa do Mundo de 2022.
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