Entrei
neste esquema maluco de três peladas por semana. Claro que não dá para comparar
com os tempos de infância e tempos do Moinho de Vento. Mas é um bom desafio e
financeiramente vai dar para manter ao menos este mês, depois volto ao normal
com apenas duas.
Juro que
não foi nada premeditado. As peladas do Sábado estavam inconstantes e existe o
benefício de jogar sem pagar para quem leva os coletes para lavar. Claro que eu
virei um lavador de coletes. As peladas de quinta, saem mais em conta se você
paga por mês. E aí, apareceu esta pelada de terça, que tem vários amigos
jornalistas de Juiz de Fora e companheiros da faculdade. Honestamente, não
resisti.
Terça-feira,
então, lá fui eu. Agora cheio de preparo físico, mais equilíbrio e... Na
primeira dividida dei uma pisada no pé do Wendel, antigo colega de faculdade. A
coisa fez um som tão horrível que achei que tinha quebrado alguma coisa no pé
dele. Mas acho que foi só o barulho da borracha na chuteira. Me senti péssimo,
mas ele nem ligou.
Duas
oportunidades de gols perdidas por falta de treino. Uma a bola veio do alto e
tentei mergulhar de cabeça e fazer o famoso gol de peixinho. Fiz muito isso nos
tempos do Moinho de Vento. Você literalmente vai para a bola em um salto
mortal. O problema novamente foi a mira e, com o gol vazio, eu cabeceei para a
lateral. Péssimo...
Depois a
bola sobrou sem goleiro e fiz um inacreditável futebol clube, chutando por
cima.
E foi
isso. Joguei bem, muito bem. Fiz ótimas jogadas e em uma delas tirei do goleiro
com a esquerda e chutei de direita. A bola bateu na trave e depois na linha.
Sim, em cima da linha. Por sorte, um jogador do meu time conseguiu completar
para o gol. Ainda dei outros três passes para o gol e iniciei várias jogadas. Faltou
só mesmo eu marcar o bendito gol.
Aí, veio quinta-feira.
Acordei com um torcicolo monstro. Quase não fui a Academia. Me enchi de
remédios e tentei repousar enquanto estudava francês e tentava terminar o
roteiro do projeto que estou fazendo.
Só lá
pelas três horas da tarde que resolvi arriscar e fui para a academia com
torcicolo e tudo. Peguei pesado. Não doeu. Agora, enquanto escrevo este texto,
o torcicolo ainda está lá, mas quase totalmente sumido.
Entre a
academia e o futebol, comi um ovo mexido e um suco de laranja. Isso cerca de
uma hora antes do jogo. Ainda assim, fiquei arrotando laranja metade do jogo. Fiz
dois gols muito rápido. No primeiro num rebote do goleiro e o segundo acho que
foi o mais bonito do ano até agora. Recebi um passe na entrada da área, à
direta do goleiro e toquei que letra, com o calcanhar. A bola entrou forte no canto
direito do gol, rente a trave.
Achei que
ia ser um festival de gols, mas parou por aí. De certa forma, cansei. De outra
forma, acho que o esquema em que o time estava jogando não ajudou muito. Volta
aquela coisa que falei lá na primeira página do diário: o contraste entre o
carioca e o mineiro. Abaixar a cabeça e sair driblando, sem tocar para ninguém,
é pecado mortal no Rio de Janeiro, mesmo em peladas. Aqui em Minas Gerais é
regra. Isso é extremamente irritante. Até porque 90% das vezes que alguém tenta
fazer isso, não dá certo e a bola vai de presente para o adversário. Tive a
impressão que, por várias vezes, ao invés de tocar a bola para mim, livre e desmarcado,
preferiram chutar em cima do adversário, que pegou a bola e foi trocando passes
até o gol.
Por isso
tem funcionado mais eu criar coragem e ir até o meio de campo buscar a bola e
começar as jogadas. Fazer isso é melhor, mas cansa dobrado e cinco vezes mais
arriscado. Será que eu aguento fazer isso o tempo todo? Não precisa nem dizer
que é isso que eu quero e devo fazer. Me aguardem!
Enfim,
cheguei a 30 gols. O peso estabilizou em 89kg e percebo que estou emagrecendo em
geral, mas, como cansei de ouvir, a última coisa que emagrece é a barriga. Mas
falta pouco. Agora vou entrar num regime ainda mais radical e a academia agora
é todo dia. Inclusive domingo.
Saldo de 2019:
39 jogos
30 gols
39 jogos
30 gols
Clinton Davisson é jornalista, mestre
em comunicação, pesquisador, roteirista e escritor. Autor da série de livros
Hegemonia e Fáfia – A Copa do Mundo de 2022.
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