terça-feira, julho 02, 2019

Diário de um peladeiro - Parte IX


23 de março. Nona pelada de 2019. Desta vez tentei forçar mais. Valeu a pena. Continuo evitando dar piques, que foi o que destruiu minha coluna. Na verde tenho pavor de dar piques ou arrancadas. Estou errado?
Perdi um gol digno do inacreditável futebol Clube. Sozinho a 30 centímetros do segundo pau, chutei na trave. Coisa de peladeiro. Acontece.
Hoje ficou evidente que, mais que a preparação física, que está péssima, eu preciso controlar a ansiedade. Aliás, mais do que o prazer a catarse de jogar futebol e o dever de praticar um exercício, estou insistindo nessa rotina para entender e aprender a controlar a ansiedade.
Claro que isso também está ligado ao preparo físico. Sem fôlego, sem oxigênio, a gente pensa menos. 
Perdi um gol apenas porque faltou frieza para trocar de pé.
O maior reconhecimento de que você está melhorando é que os adversários passam a te parar com falta. Isso é o reconhecimento que não conseguiram ganhar de você com simples habilidade.
Hoje levei três faltas. Duas fui parar no chão e outra me fez ralar o joelho. Cicatrizes são uma coisa interessante. São como tatuagens para marcar uma batalha. Te deixam orgulhoso. Mas provavelmente não vai ter cicatriz. Só esse joelho ralado.
Dei bons passes, mas nenhuma assistência. Falta coragem, falta ousadia, falta confiança. Falta controlar a ansiedade.
Enfim, seis finalizações. Duas na trave. Um gol.
A luta continua.
Saldo de 2019:
9 jogos
6 gols

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentaram